terça-feira, 12 de maio de 2009

CAMINHO DAS ÁGUAS




A história da água não termina,
no mar, sem dó, nem si,
segue apenas, seu ritmo próprio,
à caminho do sol, sempre...
Entre águas mansas ou turbulentas
vai adquirindo todos os matizes
da prata, ouro ou do vermelho
sangue exposto ao poente,
entre as correntes
que se estendem, tombando
ao solo o verde, esperança,
esmeralda que nunca se alcança...
Tanta água represada,
pela sede desmedida de poucos,
nestas terras continente...
Da vertente, os homens seguem
das águas, seu caminho ancestral,
pelas mesmas pedras e precipícios,
pele ao sol, em sal e lamento,
rumo ao descobrimento, de si mesmos,
navegando lento e desfraldando,
as mesmas velas ao vento...

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